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Cânticos
8 capítulos
Capítulo - 1
1 - Cântico dos Cânticos de Salomão.
2 - Ah, se ele me beijasse, se a sua boca me cobrisse de beijos... Sim, as suas carícias são mais agradáveis que o vinho.
3 - A fragrância dos seus perfumes é suave; o seu nome é como perfume derramado. Não é à toa que as jovens o amam!
4 - Leve-me com você! Vamos depressa! Leve-me o rei para os seus aposentos! Estamos alegres e felizes por sua causa; celebraremos o seu amor mais do que o vinho. Com toda a razão você é amado!
5 - Estou escura, mas sou bela, ó mulheres de Jerusalém; escura como as tendas de Quedar, bela como as cortinas de Salomão.
6 - Não me fiquem olhando assim porque estou escura; foi o sol que me queimou a pele. Os filhos de minha mãe zangaram-se comigo e fizeram-me tomar conta das vinhas; da minha própria vinha, porém, eu não pude cuidar.
7 - Conte-me, você a quem amo, onde faz pastar o seu rebanho e onde faz as suas ovelhas descansarem ao meio-dia? Se eu não o souber, serei como uma mulher coberta com véu junto aos rebanhos dos seus amigos.
8 - Se você, a mais linda das mulheres, se você não o sabe, siga a trilha das ovelhas e faça as suas cabritas pastarem junto às tendas dos pastores.
9 - Comparo você, minha querida, a uma égua das carruagens do faraó.
10 - Como são belas as suas faces entre os brincos, e o seu pescoço com os colares de jóias!
11 - Faremos para você brincos de ouro com incrustações de prata.
12 - Enquanto o rei estava em seus aposentos, o meu nardo espalhou a sua fragrância.
13 - O meu amado é para mim como uma pequenina bolsa de mirra que passa a noite entre os meus seios.
14 - O meu amado é para mim um ramalhete de flores de hena das vinhas de En-Gedi.
15 - Como você é linda, minha querida! Ah, como é linda! Seus olhos são pombas.
16 - Como você é belo, meu amado! Ah, como é encantador! Verdejante é o nosso leito.
17 - De cedro são as vigas da nossa casa, e de cipreste os caibros do nosso telhado.
Capítulo - 2
1 - Sou uma flor de Sarom, um lírio dos vales.
2 - Como um lírio entre os espinhos é a minha amada entre as jovens.
3 - Como uma macieira entre as árvores da floresta é o meu amado entre os jovens. Tenho prazer em sentar-me à sua sombra; o seu fruto é doce ao meu paladar.
4 - Ele me levou ao salão de banquetes, e o seu estandarte sobre mim é o amor.
5 - Por favor, sustentem-me com passas, revigorem-me com maçãs, pois estou doente de amor.
6 - O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça, e o seu braço direito me abrace.
7 - Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar pelas gazelas e pelas corças do campo: não despertem nem provoquem o amor enquanto ele não o quiser.
8 - Escutem! É o meu amado! Vejam! Aí vem ele, saltando pelos montes, pulando sobre as colinas.
9 - O meu amado é como uma gazela, como um cervo novo. Vejam! Lá está ele atrás do nosso muro, observando pelas janelas, espiando pelas grades.
10 - O meu amado falou e me disse: Levante-se, minha querida, minha bela, e venha comigo.
11 - Veja! O inverno passou; as chuvas acabaram e já se foram.
12 - Aparecem flores sobre a terra, e chegou o tempo de cantar; já se ouve em nossa terra o arrulhar dos pombos.
13 - A figueira produz os primeiros frutos; as vinhas florescem e espalham sua fragrância. Levante-se, venha, minha querida; minha bela, venha comigo.
14 - Minha pomba que está nas fendas da rocha, nos esconderijos, nas encostas dos montes, mostre-me o seu rosto, deixe-me ouvir a sua voz; pois a sua voz é suave, e o seu rosto é lindo.
15 - Apanhem para nós as raposas, as raposinhas que estragam as vinhas, pois as nossas vinhas estão floridas.
16 - O meu amado é meu, e eu sou dele; ele pastoreia entre os lírios.
17 - Volte, amado meu, antes que rompa o dia e fujam as sombras, e seja como a gazela ou como o cervo novo nas colinas escarpadas.
Capítulo - 3
1 - A noite toda procurei em meu leito aquele a quem o meu coração ama, mas não o encontrei.
2 - Vou levantar-me agora e percorrer a cidade, irei por suas ruas e praças; buscarei aquele a quem o meu coração ama. Eu o procurei, mas não o encontrei.
3 - As sentinelas me encontraram quando faziam as suas rondas na cidade. "Vocês viram aquele a quem o meu coração ama? ", perguntei.
4 - Mal havia passado por elas, quando encontrei aquele a quem o meu coração ama. Eu o segurei e não o deixei ir até que o trouxe para a casa de minha mãe, para o quarto daquela que me concebeu.
5 - Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar pelas gazelas e pelas corças do campo: Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser.
6 - Que é que vem subindo do deserto, como uma coluna de fumaça, perfumado com mirra e incenso com extrato de todas as especiarias dos mercadores?
7 - Vejam! É a liteira de Salomão, escoltada por sessenta guerreiros, os mais nobres de Israel;
8 - todos eles trazem espada, todos são experientes na guerra, cada um com a sua espada, preparado para enfrentar os pavores da noite.
9 - O rei Salomão fez para si uma liteira; ele a fez com madeira do Líbano.
10 - Suas traves ele fez de prata, seu teto, de ouro. Seu banco foi estofado em púrpura, seu interior foi cuidadosamente preparado pelas mulheres de Jerusalém.
11 - Mulheres de Sião, saiam! Venham ver o rei Salomão! Ele está usando a coroa, a coroa que sua mãe lhe colocou no dia do seu casamento, no dia em que o seu coração se alegrou.
Capítulo - 4
1 - Como você é linda, minha querida! Ah, como é linda! Seus olhos, por trás do véu, são pombas. Seu cabelo é como um rebanho de cabras que vem descendo do monte Gileade.
2 - Seus dentes são como um rebanho de ovelhas recém-tosquiadas que vão subindo do lavadouro. Cada uma tem o seu par; não há nenhuma sem crias.
3 - Seus lábios são como um fio vermelho; sua boca é belíssima. Suas faces, por trás do véu, são como as metades de uma romã.
4 - Seu pescoço é como a torre de Davi, construída como arsenal. Nela estão pendurados mil escudos, todos eles escudos de heróicos guerreiros.
5 - Seus dois seios são como filhotes de cervo, como filhotes gêmeos de uma gazela que repousam entre os lírios.
6 - Enquanto não raia o dia e as sombras não fogem, irei à montanha da mirra e à colina do incenso.
7 - Você é toda linda, minha querida; em você não há defeito algum.
8 - Venha do Líbano comigo, minha noiva, venha do Líbano comigo. Desça do alto do Amana, do topo do Senir, do alto do Hermom, das covas dos leões e das tocas dos leopardos nas montanhas.
9 - Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva; fez disparar o meu coração com um simples olhar, com uma simples jóia dos seus colares.
10 - Quão deliciosas são as suas carícias, minha irmã, minha noiva! Suas carícias são mais agradáveis que o vinho, e a fragrância do seu perfume supera o de qualquer especiaria!
11 - Os seus lábios gotejam a doçura dos favos de mel, minha noiva; leite e mel estão debaixo da sua língua. A fragrância das suas vestes é como a fragrância do Líbano.
12 - Você é um jardim fechado, minha irmã, minha noiva; você é uma nascente fechada, uma fonte selada.
13 - De você brota um pomar de romãs com frutos seletos, com flores de hena e nardo,
14 - nardo e açafrão, cálamo e canela, com todas as madeiras aromáticas, mirra e aloés e as mais finas especiarias.
15 - Você é uma fonte de jardim, um poço de águas vivas, que descem do Líbano.
16 - Acorde, vento norte! Venha, vento sul! Soprem em meu jardim, para que a sua fragrância se espalhe ao seu redor. Que o meu amado entre em seu jardim e saboreie os seus deliciosos frutos.
Capítulo - 5
1 - Entrei em meu jardim, minha irmã, minha noiva; ajuntei a minha mirra com as minhas especiarias. Comi o meu favo e o meu mel; Bebi o meu vinho e o meu leite. Comam, amigos, bebam e embriaguem-se, ó amados.
2 - Eu estava quase dormindo, mas o meu coração estava acordado. Escutem! O meu amado está batendo: Abra-me a porta, minha irmã, minha querida, minha pomba, minha mulher ideal, pois a minha cabeça está encharcada de orvalho, o meu cabelo, da umidade da noite.
3 - Já tirei a túnica; terei que vestir-me de novo? Já lavei os pés; terei que sujá-los de novo?
4 - O meu amado pôs a mão por uma abertura da tranca; meu coração começou a palpitar por causa dele.
5 - Levantei-me para abrir-lhe a porta; minhas mãos destilavam mirra, meus dedos vertiam mirra, na maçaneta da tranca.
6 - Eu abri, mas o meu amado se fora; o meu amado já havia partido. Eu quase desmaiei de tristeza! Procurei-o, mas não o encontrei. Eu o chamei, mas ele não respondeu.
7 - As sentinelas me encontraram enquanto faziam a ronda na cidade. Bateram-me, feriram-me; e tomaram o meu manto, as sentinelas dos muros!
8 - Ó mulheres de Jerusalém, eu lhes faço jurar: se encontrarem o meu amado, o que dirão a ele? Digam-lhe que estou doente de amor.
9 - Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, ó você, das mulheres a mais linda? Que diferença há entre o seu amado e outro qualquer, para você nos obrigar a tal promessa?
10 - O meu amado tem a pele bronzeada; ele se destaca entre dez mil.
11 - Sua cabeça é ouro, o ouro mais puro; seus cabelos ondulam ao vento como ramos de palmeira; são negros como o corvo.
12 - Seus olhos são como pombas junto aos regatos de água, lavados em leite, incrustados como jóias.
13 - Suas faces são como um jardim de especiarias que exalam perfume. Seus lábios são como lírios que destilam mirra.
14 - Seus braços são cilindros de ouro engastados com berilo. Seu tronco é como marfim polido adornado de safiras.
15 - Suas pernas são colunas de mármore firmadas em bases de ouro puro. Sua aparência é como o Líbano; ele é elegante como os cedros.
16 - Sua boca é a própria doçura; ele é mui desejável. Esse é o meu amado, esse é o meu querido, ó mulheres de Jerusalém.
Capítulo - 6
1 - Para onde foi o seu amado, ó mais linda das mulheres? Diga-nos para onde foi o seu amado e o procuraremos junto com você!
2 - O meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de especiarias, para descansar nos jardins e colher lírios.
3 - Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele descansa entre os lírios.
4 - Minha querida, você é linda como Tirza, bela como Jerusalém, admirável como um exército e suas bandeiras.
5 - Desvie de mim os seus olhos, pois eles me perturbam. Seu cabelo é como um rebanho de cabras que desce de Gileade.
6 - Seus dentes são como um rebanho de ovelhas que sobem do lavadouro. Cada uma tem o seu par, não há nenhuma sem crias.
7 - Suas faces, por trás do véu, são como as metades de uma romã.
8 - Pode haver sessenta rainhas, e oitenta concubinas, e um número sem fim de virgens,
9 - mas ela é única, a minha pomba, minha mulher ideal! Ela é a filha favorita de sua mãe, a predileta daquela que a deu à luz. Quando outras jovens a vêem, dizem que ela é muito feliz; as rainhas e as concubinas a elogiam.
10 - Quem é essa que aparece como o alvorecer, bela como a lua, brilhante como o sol, admirável como um exército e suas bandeiras?
11 - Desci ao bosque das nogueiras para ver os renovos no vale, para ver se as videiras tinham brotado e se as romãs estavam em flor.
12 - Antes que eu o percebesse, você me colocou entre as carruagens, com um príncipe ao meu lado.
13 - Volte, volte, Sulamita; volte, volte, para que a contemplemos. Por que vocês querem contemplar a Sulamita, como na dança de Maanaim?
Capítulo - 7
1 - Como são lindos os seus pés calçados com sandálias, ó filha do príncipe! As curvas das suas coxas são como jóias, obra das mãos de um artífice.
2 - Seu umbigo é uma taça redonda onde nunca falta o vinho de boa mistura. Sua cintura é um monte de trigo cercado de lírios.
3 - Seus seios são como dois filhotes de corça, gêmeos de uma gazela.
4 - Seu pescoço é como uma torre de marfim. Seus olhos são como os açudes de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim. Seu nariz é como a torre do Líbano voltada para Damasco.
5 - Sua cabeça se eleva como o monte Carmelo. Seus cabelos soltos têm reflexos de púrpura; o rei caiu prisioneiro das suas ondas.
6 - Como você é linda! Como você me agrada! Ó amor, com suas delícias!
7 - Seu porte é como o da palmeira, e os seus seios como cachos de frutos.
8 - Eu disse: Subirei à palmeira; eu me apossarei dos seus frutos. Sejam os seus seios como os cachos da videira, o aroma da sua respiração como maçãs,
9 - e a sua boca como o melhor vinho... vinho que flui suavemente para o meu amado, escorrendo suavemente sobre os lábios de quem já vai adormecendo.
10 - Eu pertenço ao meu amado, e ele me deseja.
11 - Venha, meu amado, vamos fugir para o campo, passemos a noite nos povoados.
12 - Vamos cedo para as vinhas para ver se as videiras brotaram, se as suas flores se abriram, e se as romãs estão em flor; ali eu lhe darei o meu amor.
13 - As mandrágoras exalam o seu perfume, e à nossa porta há todo tipo de frutos finos, secos e frescos, que reservei para você, meu amado.
Capítulo - 8
1 - Ah, quem dera você fosse meu irmão, amamentado nos seios de minha mãe! Então, se eu o encontrasse fora de casa, eu o beijaria, e ninguém me desprezaria.
2 - Eu o conduziria e o traria à casa de minha mãe, e você me ensinaria. Eu lhe daria vinho aromatizado para beber, o néctar das minhas romãs.
3 - O seu braço esquerdo esteja debaixo da minha cabeça e o seu braço direito me abrace.
4 - Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar: Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser.
5 - Quem vem subindo do deserto, apoiada em seu amado? Debaixo da macieira eu o despertei; ali esteve a sua mãe em trabalho de parto, ali sofreu as dores aquela que o deu à luz.
6 - Coloque-me como um selo sobre o seu coração; como um selo sobre o seu braço; pois o amor é tão forte quanto a morte, e o ciúme é tão inflexível quanto a sepultura. Suas brasas são fogo ardente, são labaredas do Senhor.
7 - Nem muitas águas conseguem apagar o amor; os rios não conseguem levá-lo na correnteza. Se alguém oferecesse todas as riquezas da sua casa para adquirir o amor, seria totalmente desprezado.
8 - Temos uma irmãzinha; seus seios ainda não estão crescidos. O que faremos com nossa irmã no dia em que for pedida em casamento?
9 - Se ela for um muro, construiremos sobre ela uma torre de prata. Se ela for uma porta, nós a reforçaremos com tábuas de cedro.
10 - Eu sou um muro, e meus seios são as suas torres. Assim me tornei aos olhos dele como alguém que dá paz.
11 - Salomão possuía uma vinha em Baal-Hamom; ele entregou a sua vinha a arrendatários. Cada um devia trazer pelos frutos da vinha doze quilos de prata.
12 - Quanto à minha própria vinha, essa está em meu poder; os doze quilos de prata são para você, ó Salomão, e dois quilos e meio são para os que tomaram conta dos seus frutos.
13 - Você, que habita nos jardins, os amigos desejam ouvi-la; deixe-me ouvir a sua voz!
14 - Venha depressa, meu amado, e seja como uma gazela, ou como um cervo novo saltando sobre os montes carregados de especiarias.