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Zacarias
14 capítulos
Capítulo - 1
1 - No oitavo mês do segundo ano de Dario veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:
2 - O Senhor se irou fortemente contra vossos pais.
3 - Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o Senhor dos Exércitos, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos.
4 - E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos agora dos vossos maus caminhos e das vossas más obras; mas não ouviram, nem me escutaram, diz o Senhor.
5 - Vossos pais, onde estão? E os profetas, viverão eles para sempre?
6 - Contudo as minhas palavras e os meus estatutos, que eu ordenei aos profetas, meus servos, não alcançaram a vossos pais? E eles voltaram, e disseram: Assim como o Senhor dos Exércitos fez tenção de nos tratar, segundo os nossos caminhos, e segundo as nossas obras, assim ele nos tratou.
7 - Aos vinte e quatro dias do mês undécimo (que é o mês de Sebate), no segundo ano de Dario, veio a palavra do Senhor ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo:
8 - Olhei de noite, e vi um homem montado num cavalo vermelho; e ele estava parado entre as murtas que estavam na baixada; e atrás dele estavam cavalos vermelhos, malhados e brancos.
9 - E eu disse: Senhor meu, quem são estes? E disse-me o anjo que falava comigo: Eu te mostrarei quem são estes.
10 - Então respondeu o homem que estava entre as murtas, e disse: Estes são os que o Senhor tem enviado para percorrerem a terra.
11 - E eles responderam ao anjo do Senhor, que estava entre as murtas, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está tranqüila e quieta.
12 - Então o anjo do Senhor respondeu, e disse: Ó Senhor dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos?
13 - E respondeu o Senhor ao anjo, que falava comigo, com palavras boas, palavras consoladoras.
14 - E o anjo que falava comigo disse-me: Clama, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Com grande zelo estou zelando por Jerusalém e por Sião.
15 - E com grande indignação estou irado contra os gentios em descanso; porque eu estava pouco indignado, mas eles agravaram o mal.
16 - Portanto, assim diz o Senhor: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia; nela será edificada a minha casa, diz o Senhor dos Exércitos, e o cordel será estendido sobre Jerusalém:
17 - Clama outra vez, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: As minhas cidades ainda aumentarão e prosperarão; porque o Senhor ainda consolará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém.
18 - E levantei os meus olhos, e vi, e eis quatro chifres.
19 - E eu disse ao anjo que falava comigo: Que são estes? E ele me disse: Estes são os chifres que dispersaram a Judá, a Israel e a Jerusalém.
20 - E o Senhor me mostrou quatro carpinteiros.
21 - Então eu disse: Que vêm estes fazer? E ele falou, dizendo: Estes são os chifres que dispersaram a Judá, de maneira que ninguém pôde levantar a sua cabeça; estes, pois, vieram para os amedrontarem, para derrubarem os chifres dos gentios que levantaram o seu poder contra a terra de Judá, para a espalharem.
Capítulo - 2
1 - Tornei a levantar os meus olhos, e vi, e eis um homem que tinha na mão um cordel de medir.
2 - E eu disse: Para onde vais tu? E ele me disse: Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e qual o seu comprimento.
3 - E eis que saiu o anjo que falava comigo, e outro anjo lhe saiu ao encontro.
4 - E disse-lhe: Corre, fala a este jovem, dizendo: Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão dos homens e dos animais que haverá nela.
5 - Pois eu, diz o Senhor, serei para ela um muro de fogo em redor, e para glória estarei no meio dela.
6 - Ah, ah! Fugi agora da terra do norte, diz o Senhor, porque vos espalhei pelos quatro ventos do céu, diz o Senhor.
7 - Ah! Sião! Escapa, tu, que habitas com a filha de babilônia.
8 - Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.
9 - Porque eis aí levantarei a minha mão sobre eles, e eles virão a ser a presa daqueles que os serviram; assim sabereis vós que o Senhor dos Exércitos me enviou.
10 - Exulta, e alegra-te ó filha de Sião, porque eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor.
11 - E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo, e habitarei no meio de ti e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti.
12 - Então o Senhor herdará a Judá como sua porção na terra santa, e ainda escolherá a Jerusalém.
13 - Cala-te, toda a carne, diante do Senhor, porque ele se levantou da sua santa morada.
Capítulo - 3
1 - E ele mostrou-me o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do SENHOR, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor.
2 - Mas o Senhor disse a Satanás: O Senhor te repreenda, ó Satanás, sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreenda; não é este um tição tirado do fogo?
3 - Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo.
4 - Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. E a Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestes finas.
5 - E disse eu: Ponham-lhe uma mitra limpa sobre a sua cabeça. E puseram uma mitra limpa sobre a sua cabeça, e vestiram-no das roupas; e o anjo do Senhor estava em pé.
6 - E o anjo do Senhor protestou a Josué, dizendo:
7 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos, e se observares a minha ordenança, também tu julgarás a minha casa, e também guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre os que estão aqui.
8 - Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o RENOVO.
9 - Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu esculpirei a sua escultura, diz o Senhor dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra num só dia.
10 - Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, cada um de vós convidará o seu próximo para debaixo da videira e para debaixo da figueira.
Capítulo - 4
1 - E o anjo que falava comigo voltou, e despertou-me, como a um homem que é despertado do seu sono,
2 - E disse-me: Que vês? E eu disse: Olho, e eis que vejo um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas; e sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo.
3 - E, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.
4 - E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo: Senhor meu, que é isto?
5 - Então respondeu o anjo que falava comigo, dizendo-me: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
6 - E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.
7 - Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel tornar-te-ás uma campina; porque ele trará a pedra angular com aclamações: Graça, graça a ela.
8 - E a palavra do Senhor veio novamente a mim, dizendo:
9 - As mãos de Zorobabel têm lançado os alicerces desta casa; também as suas mãos a acabarão, para que saibais que o Senhor dos Exércitos me enviou a vós.
10 - Porque, quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esses se alegrarão, vendo o prumo na mão de Zorobabel; esses são os sete olhos do Senhor, que percorrem por toda a terra.
11 - Respondi mais, dizendo-lhe: Que são as duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal?
12 - E, respondendo-lhe outra vez, disse: Que são aqueles dois ramos de oliveira, que estão junto aos dois tubos de ouro, e que vertem de si azeite dourado?
13 - E ele me falou, dizendo: Não sabes tu o que é isto? E eu disse: Não, senhor meu.
14 - Então ele disse: Estes são os dois ungidos, que estão diante do Senhor de toda a terra.
Capítulo - 5
1 - E outra vez levantei os meus olhos, e vi, e eis um rolo volante.
2 - E disse-me o anjo: Que vês? E eu disse: Vejo um rolo volante, que tem vinte côvados de comprido e dez côvados de largo.
3 - Então disse-me: Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra; porque qualquer que furtar será desarraigado, conforme está estabelecido de um lado do rolo; como também qualquer que jurar falsamente, será desarraigado, conforme está estabelecido do outro lado do rolo.
4 - Eu a farei sair, disse o Senhor dos Exércitos, e ela entrará na casa do ladrão, e na casa do que jurar falsamente pelo meu nome; e permanecerá no meio da sua casa, e a consumirá juntamente com a sua madeira e com as suas pedras.
5 - E saiu o anjo, que falava comigo, e disse-me: Levanta agora os teus olhos, e vê que é isto que sai.
6 - E eu disse: Que é isto? E ele disse: Isto é um efa que sai. Disse ainda: Este é o aspecto deles em toda a terra.
7 - E eis que foi levantado um talento de chumbo, e uma mulher estava assentada no meio do efa.
8 - E ele disse: Esta é a impiedade. E a lançou dentro do efa; e lançou sobre a boca deste o peso de chumbo.
9 - E levantei os meus olhos, e vi, e eis que saíram duas mulheres; e traziam vento nas suas asas, pois tinham asas como as da cegonha; e levantaram o efa entre a terra e o céu.
10 - Então eu disse ao anjo que falava comigo: Para onde levam elas o efa?
11 - E ele me disse: Para lhe edificarem uma casa na terra de Sinar; e, estando ela acabada, ele será posto ali na sua base.
Capítulo - 6
1 - E outra vez levantei os meus olhos, e vi, e eis que quatro carros saiam dentre dois montes, e estes montes eram montes de bronze.
2 - No primeiro carro eram cavalos vermelhos, e no segundo carro, cavalos pretos,
3 - E no terceiro carro, cavalos brancos, e no quarto carro, cavalos malhados, todos eram fortes.
4 - E respondi, dizendo ao anjo que falava comigo: Que é isto, senhor meu?
5 - E o anjo respondeu, dizendo-me: Estes são os quatro espíritos dos céus, saindo donde estavam perante o Senhor de toda a terra.
6 - O carro em que estão os cavalos pretos, sai para a terra do norte, e os brancos saem atrás deles, e os malhados saem para a terra do sul.
7 - E os cavalos fortes saíam, e procuravam ir por diante, para percorrerem a terra. E ele disse: Ide, percorrei a terra. E percorreram a terra.
8 - E chamou-me, e falou-me, dizendo: Eis que aqueles que saíram para a terra do norte fizeram repousar o meu Espírito na terra do norte.
9 - E a palavra do Senhor veio a mim, dizendo:
10 - Toma dos que foram levados cativos, a saber, de Heldai, de Tobias e de Jedaías, os quais vieram de babilônia, e vem tu no mesmo dia, e entra na casa de Josias, filho de Sofonias.
11 - Toma, digo, prata e ouro, e faze coroas, e põe-nas na cabeça do sumo sacerdote Josué, filho de Jozadaque.
12 - E fala-lhe, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é RENOVO; ele brotará do seu lugar, e edificará o templo do SENHOR.
13 - Ele mesmo edificará o templo do Senhor, e ele levará a glória; assentar-se-á no seu trono e dominará, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos os ofícios.
14 - E estas coroas serão para Helém, e para Tobias, e para Jedaías, e para Hem, filho de Sofonias, como um memorial no templo do Senhor.
15 - E aqueles que estão longe virão, e edificarão no templo do Senhor, e vós sabereis que o Senhor dos Exércitos me tem enviado a vós; e isto sucederá assim, se diligentemente ouvirdes a voz do Senhor vosso Deus.
Capítulo - 7
1 - Aconteceu, no quarto ano do rei Dario, que a palavra do SENHOR veio a Zacarias, no quarto dia do nono mês, que é Quisleu.
2 - Quando o povo enviou Sarezer e Régen-Meleque, e os seus homens, à casa de Deus, para suplicarem o favor do Senhor,
3 - E para dizerem aos sacerdotes, que estavam na casa do Senhor dos Exércitos, e aos profetas: Chorarei eu no quinto mês, fazendo abstinência, como tenho feito por tantos anos?
4 - Então a palavra do Senhor dos Exércitos veio a mim, dizendo:
5 - Fala a todo o povo desta terra, e aos sacerdotes, dizendo: Quando jejuastes, e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos, porventura, foi mesmo para mim que jejuastes?
6 - Ou quando comestes, e quando bebestes, não foi para vós mesmos que comestes e bebestes?
7 - Não foram estas as palavras que o Senhor pregou pelo ministério dos primeiros profetas, quando Jerusalém estava habitada e em paz, com as suas cidades ao redor dela, e o sul e a campina eram habitados?
8 - E a palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo:
9 - Assim falou o Senhor dos Exércitos, dizendo: Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um para com seu irmão.
10 - E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu irmão.
11 - Eles, porém, não quiseram escutar, e deram-me o ombro rebelde, e ensurdeceram os seus ouvidos, para que não ouvissem.
12 - Sim, fizeram os seus corações como pedra de diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito por intermédio dos primeiros profetas; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.
13 - E aconteceu que, assim como ele clamou e eles não ouviram, também eles clamaram, e eu não ouvi, diz o Senhor dos Exércitos.
14 - Assim os espalhei com um turbilhão por entre todas as nações, que eles não conheceram, e a terra foi assolada atrás deles, de sorte que ninguém passava por ela, nem se voltava; porque fizeram da terra desejada uma desolação.
Capítulo - 8
1 - Depois veio a mim a palavra do SENHOR dos Exércitos, dizendo:
2 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo, e com grande indignação zelei por ela.
3 - Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade da verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos, o monte santo.
4 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda nas praças de Jerusalém habitarão velhos e velhas; levando cada um, na mão, o seu bordão, por causa da sua muita idade.
5 - E as ruas da cidade se encherão de meninos e meninas, que nelas brincarão.
6 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Se isto for maravilhoso aos olhos do restante deste povo naqueles dias, será também maravilhoso aos meus olhos? diz o Senhor dos Exércitos.
7 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo da terra do oriente e da terra do ocidente;
8 - E trá-los-ei, e habitarão no meio de Jerusalém; e eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus em verdade e em justiça.
9 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Esforcem-se as vossas mãos, ó vós que nestes dias ouvistes estas palavras da boca dos profetas, que estiveram no dia em que foi posto o fundamento da casa do Senhor dos Exércitos, para que o templo fosse edificado.
10 - Porque antes destes dias não tem havido salário para os homens, nem lhes davam ganhos os animais; nem havia paz para o que entrava nem para o que saía, por causa do inimigo, porque eu incitei a todos os homens, cada um contra o seu próximo.
11 - Mas agora não serei para com o restante deste povo como nos primeiros dias, diz o Senhor dos Exércitos.
12 - Porque haverá semente de prosperidade; a vide dará o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e os céus darão o seu orvalho; e farei que o restante deste povo herde tudo isto.
13 - E há de suceder, ó casa de Judá, e casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre os gentios, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, esforcem-se as vossas mãos.
14 - Porque assim diz o Senhor dos Exércitos: Como pensei fazer-vos mal, quando vossos pais me provocaram à ira, diz o Senhor dos Exércitos, e não me arrependi,
15 - Assim tornei a pensar nestes dias fazer o bem a Jerusalém e à casa de Judá; não temais.
16 - Estas são as coisas que deveis fazer: Falai a verdade cada um com o seu próximo; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas.
17 - E nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ameis o juramento falso; porque todas estas são coisas que eu odeio diz o Senhor.
18 - E a palavra do Senhor dos Exércitos veio a mim, dizendo:
19 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: O jejum do quarto, e o jejum do quinto, e o jejum do sétimo, e o jejum do décimo mês será para a casa de Judá gozo, alegria, e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz.
20 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão os povos e os habitantes de muitas cidades.
21 - E os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei.
22 - Assim virão muitos povos e poderosas nações, a buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos, e a suplicar o favor do Senhor.
23 - Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco.
Capítulo - 9
1 - O peso da palavra do SENHOR contra a terra de Hadraque, e Damasco, o seu repouso; porque o olhar do homem, e de todas as tribos de Israel, se volta para o SENHOR.
2 - E também Hamate que confina com ela, e Tiro e Sidom, ainda que sejam mais sábias.
3 - E Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro fino como a lama das ruas.
4 - Eis que o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo.
5 - Ascalom o verá e temerá; também Gaza, e terá grande dor; igualmente Ecrom; porque a sua esperança será confundida; e o rei de Gaza perecerá, e Ascalom não será habitada.
6 - E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus.
7 - E da sua boca tirarei o seu sangue, e dentre os seus dentes as suas abominações; e ele também ficará como um remanescente para o nosso Deus; e será como governador em Judá, e Ecrom como um jebuseu.
8 - E acampar-me-ei ao redor da minha casa, contra o exército, para que ninguém passe, nem volte; para que não passe mais sobre eles o opressor; porque agora vi com os meus olhos.
9 - Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.
10 - E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra.
11 - Ainda quanto a ti, por causa do sangue da tua aliança, libertei os teus presos da cova em que não havia água.
12 - Voltai à fortaleza, ó presos de esperança; também hoje vos anuncio que vos restaurarei em dobro.
13 - Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei, ó Sião, como a espada de um poderoso.
14 - E o SENHOR será visto sobre eles, e as suas flechas sairão como o relâmpago; e o Senhor DEUS fará soar a trombeta, e irá com os redemoinhos do sul.
15 - O Senhor dos Exércitos os amparará; eles devorarão, depois que os tiverem sujeitado, as pedras da funda; também beberão e farão barulho como excitados pelo vinho; e encher-se-ão como bacias de sacrifício, como os cantos do altar.
16 - E o Senhor seu Deus naquele dia os salvará, como ao rebanho do seu povo: porque como pedras de uma coroa eles resplandecerão na sua terra.
17 - Porque, quão grande é a sua bondade! E quão grande é a sua formosura! O trigo fará florescer os jovens e o mosto as virgens.
Capítulo - 10
1 - Pedi ao SENHOR chuva no tempo da chuva serôdia, sim, ao SENHOR que faz relâmpagos; e lhes dará chuvas abundantes, e a cada um erva no campo.
2 - Porque os ídolos têm falado vaidade, e os adivinhos têm visto mentira, e contam sonhos falsos; com vaidade consolam, por isso seguem o seu caminho como ovelhas; estão aflitos, porque não há pastor.
3 - Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes; mas o Senhor dos Exércitos visitará o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará como o seu majestoso cavalo na peleja.
4 - Dele sairá a pedra de esquina, dele a estaca, dele o arco de guerra, dele juntamente sairá todo o opressor.
5 - E serão como poderosos que na batalha esmagam ao inimigo no lodo das ruas; porque o Senhor estará com eles; e confundirão os que andam montados em cavalos.
6 - E fortalecerei a casa de Judá, e salvarei a casa de José, e fá-los- ei voltar, porque me compadeci deles; e serão como se eu não os tivera rejeitado, porque eu sou o Senhor seu Deus, e os ouvirei.
7 - E os de Efraim serão como um poderoso, e o seu coração se alegrará como pelo vinho; e seus filhos o verão, e se alegrarão; o seu coração se regozijará no Senhor.
8 - Eu lhes assobiarei, e os ajuntarei, porque eu os tenho remido; e multiplicar-se-ão como antes se tinham multiplicado.
9 - Ainda que os espalhei por entre os povos, eles se lembrarão de mim em lugares remotos; e viverão com seus filhos, e voltarão.
10 - Porque eu os farei voltar da terra do Egito, e os congregarei da Assíria; e trá-los-ei à terra de Gileade e do Líbano, e não se achará lugar bastante para eles.
11 - E ele passará pelo mar com angústia, e ferirá as ondas no mar, e todas as profundezas do Nilo se secarão; então será derrubada a soberba da Assíria, e o cetro do Egito se retirará.
12 - E eu os fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.
Capítulo - 11
1 - Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo consuma os teus cedros.
2 - Geme, ó cipreste, porque o cedro caiu, porque os mais poderosos são destruídos; gemei, ó carvalhos de Basã, porque o bosque forte é derrubado.
3 - Voz de uivo dos pastores! porque a sua glória é destruída; voz de bramido dos filhos de leões, porque foi destruída a soberba do Jordão.
4 - Assim diz o Senhor meu Deus: Apascenta as ovelhas da matança,
5 - Cujos possuidores as matam, e não se têm por culpados; e cujos vendedores dizem: Louvado seja o Senhor, porque tenho enriquecido; e os seus pastores não têm piedade delas.
6 - Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra, diz o Senhor; mas, eis que entregarei os homens cada um na mão do seu próximo e na mão do seu rei; eles ferirão a terra, e eu não os livrarei da sua mão.
7 - Eu, pois, apascentei as ovelhas da matança, as pobres ovelhas do rebanho. Tomei para mim duas varas: a uma chamei Graça, e à outra chamei União; e apascentei as ovelhas.
8 - E destruí os três pastores num mês; porque a minha alma se impacientou deles, e também a alma deles se enfastiou de mim.
9 - E eu disse: Não vos apascentarei mais; o que morrer, morra; e o que for destruído, seja destruído; e as que restarem comam cada uma a carne da outra.
10 - E tomei a minha vara Graça, e a quebrei, para desfazer a minha aliança, que tinha estabelecido com todos estes povos.
11 - E foi desfeita naquele dia; e assim conheceram os pobres do rebanho, que me respeitavam, que isto era palavra do Senhor.
12 - Porque eu lhes disse: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.
13 - O Senhor, pois, disse-me: Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles. E tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro, na casa do Senhor.
14 - Então quebrei a minha segunda vara União, para romper a irmandade entre Judá e Israel.
15 - E o Senhor disse-me: Toma ainda para ti o instrumento de um pastor insensato.
16 - Porque, eis que suscitarei um pastor na terra, que não cuidará das que estão perecendo, não buscará a pequena, e não curará a ferida, nem apascentará a sã; mas comerá a carne da gorda, e lhe despedaçará as unhas.
17 - Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! A espada cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; e o seu braço completamente se secará, e o seu olho direito completamente se escurecerá.
Capítulo - 12
1 - Peso da palavra do SENHOR sobre Israel: Fala o SENHOR, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
2 - Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém.
3 - E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-á contra ela todo o povo da terra.
4 - Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de espanto a todos os cavalos, e de loucura os que montam neles; mas sobre a casa de Judá abrirei os meus olhos, e ferirei de cegueira a todos os cavalos dos povos.
5 - Então os governadores de Judá dirão no seu coração: Os habitantes de Jerusalém são a minha força no Senhor dos Exércitos, seu Deus.
6 - Naquele dia porei os governadores de Judá como um braseiro ardente no meio da lenha, e como um facho de fogo entre gavelas; e à direita e à esquerda consumirão a todos os povos em redor, e Jerusalém será habitada outra vez no seu lugar, em Jerusalém;
7 - E o Senhor salvará primeiramente as tendas de Judá, para que a glória da casa de Davi e a glória dos habitantes de Jerusalém não seja exaltada sobre Judá.
8 - Naquele dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles.
9 - E acontecerá naquele dia, que procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém;
10 - Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
11 - Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido.
12 - E a terra pranteará, cada família à parte: a família da casa de Davi à parte, e suas mulheres à parte; e a família da casa de Natã à parte, e suas mulheres à parte;
13 - A família da casa de Levi à parte, e suas mulheres à parte; a família de Simei à parte, e suas mulheres à parte.
14 - Todas as mais famílias remanescentes, cada família à parte, e suas mulheres à parte.
Capítulo - 13
1 - Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi, e para os habitantes de Jerusalém, para purificação do pecado e da imundícia.
2 - E acontecerá naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, que tirarei da terra os nomes dos ídolos, e deles não haverá mais memória; e também farei sair da terra os profetas e o espírito da impureza.
3 - E acontecerá que, quando alguém ainda profetizar, seu pai e sua mãe, que o geraram, lhe dirão: Não viverás, porque falaste mentira em nome do Senhor; e seu pai e sua mãe, que o geraram, o traspassarão quando profetizar.
4 - E acontecerá naquele dia que os profetas se envergonharão, cada um da sua visão, quando profetizarem; nem mais se vestirão de manto de pelos, para mentirem.
5 - Mas dirão: Não sou profeta, sou lavrador da terra; porque certo homem ensinou-me a guardar o gado desde a minha mocidade.
6 - E se alguém lhe disser: Que feridas são estas nas tuas mãos? Dirá ele: São feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos.
7 - Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos.
8 - E acontecerá em toda a terra, diz o Senhor, que as duas partes dela serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela.
9 - E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é o meu Deus.
Capítulo - 14
1 - Eis que vem o dia do SENHOR, em que teus despojos se repartirão no meio de ti.
2 - Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade.
3 - E o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como pele- jou, sim, no dia da batalha.
4 - E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul.
5 - E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo.
6 - E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão.
7 - Mas será um dia conhecido do Senhor; nem dia nem noite será; mas acontecerá que ao cair da tarde haverá luz.
8 - Naquele dia também acontecerá que sairão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e metade delas para o mar ocidental; no verão e no inverno sucederá isto.
9 - E o Senhor será rei sobre toda a terra; naquele dia um será o Senhor, e um será o seu nome.
10 - Toda a terra em redor se tornará em planície, desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém, e ela será exaltada, e habitada no seu lugar, desde a porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à porta da esquina, e desde a torre de Hananeel até aos lagares do rei.
11 - E habitarão nela, e não haverá mais destruição, porque Jerusalém habitará segura.
12 - E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne apodrecerá, estando eles em pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e a língua lhes apodrecerá na sua boca.
13 - Naquele dia também acontecerá que haverá da parte do Senhor uma grande perturbação entre eles; porque cada um pegará na mão do seu próximo, e cada um levantará a mão contra o seu próximo.
14 - E também Judá pelejará em Jerusalém, e as riquezas de todos os gentios serão ajuntadas ao redor, ouro e prata e roupas em grande abundância.
15 - Assim será também a praga dos cavalos, dos mulos, dos camelos e dos jumentos e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais, como foi esta praga.
16 - E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
17 - E acontecerá que, se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva.
18 - E, se a família dos egípcios não subir, nem vier, não virá sobre ela a chuva; virá sobre eles a praga com que o Senhor ferirá os gentios que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.
19 - Este será o castigo do pecado dos egípcios e o castigo do pecado de todas as nações que não subirem a celebrar a festa dos tabernáculos.
20 - Naquele dia será gravado sobre as campainhas dos cavalos: SANTIDADE AO SENHOR; e as panelas na casa do SENHOR serão como as bacias diante do altar.
21 - E todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos Exércitos, e todos os que sacrificarem virão, e delas tomarão, e nelas cozerão. E naquele dia não haverá mais cananeu na casa do Senhor dos Exércitos.