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Romanos
16 capítulos
Capítulo - 1
1 - Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2 - que ele antes havia prometido pelos seus profetas nas santas Escrituras,
3 - acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 - e que com poder foi declarado Filho de Deus segundo o espírito de santidade, pela ressurreição dentre os mortos-Jesus Cristo nosso Senhor,
5 - pelo qual recebemos a graça e o apostolado, por amor do seu nome, para a obediência da fé entre todos os gentios,
6 - entre os quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo;
7 - a todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados para serdes santos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
8 - Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
9 - Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,
10 - pedindo sempre em minhas orações que, afinal, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião para ir ter convosco.
11 - Porque desejo muito ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos;
12 - isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado em vós pela fé mútua, vossa e minha.
13 - E não quero que ignoreis, irmãos, que muitas vezes propus visitar-vos {mas até agora tenho sido impedido}, para conseguir algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios.
14 - Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.
15 - De modo que, quanto está em mim, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma.
16 - Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
17 - Porque no evangelho é revelada, de fé em fé, a justiça de Deus, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
18 - Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.
19 - Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 - Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusáveis;
21 - porquanto, tendo conhecido a Deus, contudo não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes nas suas especulações se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 - Dizendo-se sábios, tornaram-se estultos,
23 - e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 - Por isso Deus os entregou, nas concupiscências de seus corações, à imundícia, para serem os seus corpos desonrados entre si;
25 - pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.
26 - Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza;
27 - semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro.
28 - E assim como eles rejeitaram o conhecimento de Deus, Deus, por sua vez, os entregou a um sentimento depravado, para fazerem coisas que não convêm;
29 - estando cheios de toda a injustiça, malícia, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, dolo, malignidade;
30 - sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pais;
31 - néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, sem misericórdia;
32 - os quais, conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.
Capítulo - 2
1 - Portanto, és inescusável, ó homem, qualquer que sejas, quando julgas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu que julgas, praticas o mesmo.
2 - E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade, contra os que tais coisas praticam.
3 - E tu, ó homem, que julgas os que praticam tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4 - Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?
5 - Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
6 - que retribuirá a cada um segundo as suas obras;
7 - a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em favor o bem, procuram glória, e honra e incorrupção;
8 - mas ira e indignação aos que são contenciosos, e desobedientes à iniqüidade;
9 - tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego;
10 - glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, primeiramente ao judeu, e também ao grego;
11 - pois para com Deus não há acepção de pessoas.
12 - Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados.
13 - Pois não são justos diante de Deus os que só ouvem a lei; mas serão justificados os que praticam a lei
14 - {porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei.
15 - pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os},
16 - no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho.
17 - Mas se tu és chamado judeu, e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 - e conheces a sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei;
19 - e confias que és guia dos cegos, luz dos que estão em trevas,
20 - instruidor dos néscios, mestre de crianças, que tens na lei a forma da ciência e da verdade;
21 - tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?
22 - Tu, que dizes que não se deve cometer adultério, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, roubas os templos?
23 - Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?
24 - Assim pois, por vossa causa, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios, como está escrito.
25 - Porque a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se guardares a lei; mas se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão tem-se tornado em incircuncisão.
26 - Se, pois, a incircuncisão guardar os preceitos da lei, porventura a incircuncisão não será reputada como circuncisão?
27 - E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, julgará a ti, que com a letra e a circuncisão és transgressor da lei.
28 - Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne.
29 - Mas é judeu aquele que o é interiormente, e circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Capítulo - 3
1 - Que vantagem, pois, tem o judeu? ou qual a utilidade da circuncisão?
2 - Muita, em todo sentido; primeiramente, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus.
3 - Pois quê? Se alguns foram infiéis, porventura a sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?
4 - De modo nenhum; antes seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.
5 - E, se a nossa injustiça prova a justiça de Deus, que diremos? Acaso Deus, que castiga com ira, é injusto? {Falo como homem.}
6 - De modo nenhum; do contrário, como julgará Deus o mundo?
7 - Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para sua glória, por que sou eu ainda julgado como pecador?
8 - E por que não dizemos: Façamos o mal para que venha o bem?-como alguns caluniosamente afirmam que dizemos; a condenação dos quais é justa.
9 - Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado;
10 - como está escrito: Não há justo, nem sequer um.
11 - Não há quem entenda; não há quem busque a Deus.
12 - Todos se extraviaram; juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só.
13 - A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios;
14 - a sua boca está cheia de maldição e amargura.
15 - Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.
16 - Nos seus caminhos há destruição e miséria;
17 - e não conheceram o caminho da paz.
18 - Não há temor de Deus diante dos seus olhos.
19 - Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que se cale toda boca e todo o mundo fique sujeito ao juízo de Deus;
20 - porquanto pelas obras da lei nenhum homem será justificado diante dele; pois o que vem pela lei é o pleno conhecimento do pecado.
21 - Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas;
22 - isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção.
23 - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
24 - sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,
25 - ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos;
26 - para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 - Onde está logo a jactância? Foi excluída. Por que lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.
28 - concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
29 - É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente,
30 - se é que Deus é um só, que pela fé há de justificar a circuncisão, e também por meio da fé a incircuncisão.
31 - Anulamos, pois, a lei pela fé? De modo nenhum; antes estabelecemos a lei.
Capítulo - 4
1 - Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
2 - Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3 - Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
4 - Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida;
5 - porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;
6 - assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo:
7 - Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8 - Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado.
9 - Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos: A Abraão foi imputada a fé como justiça.
10 - Como, pois, lhe foi imputada? Estando na circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas sim na incircuncisão.
11 - E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda não era circuncidado, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles na incircuncisão, a fim de que a justiça lhes seja imputada,
12 - bem como fosse pai dos circuncisos, dos que não somente são da circuncisão, mas também andam nas pisadas daquela fé que teve nosso pai Abraão, antes de ser circuncidado.
13 - Porque não foi pela lei que veio a Abraão, ou à sua descendência, a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo, mas pela justiça da fé.
14 - Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é anulada.
15 - Porque a lei opera a ira; mas onde não há lei também não há transgressão.
16 - Porquanto procede da fé o ser herdeiro, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a descendência, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é pai de todos nós.
17 - {como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí} perante aquele no qual creu, a saber, Deus, que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem.
18 - O qual, em esperança, creu contra a esperança, para que se tornasse pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência;
19 - e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já amortecido {pois tinha quase cem anos}, e o amortecimento do ventre de Sara;
20 - contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus,
21 - e estando certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para o fazer.
22 - Pelo que também isso lhe foi imputado como justiça.
23 - Ora, não é só por causa dele que está escrito que lhe foi imputado;
24 - mas também por causa de nós a quem há de ser imputado, a nós os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor;
25 - o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação.
Capítulo - 5
1 - Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo,
2 - por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.
3 - E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança,
4 - e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança;
5 - e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6 - Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 - Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
8 - Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
9 - Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 - Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11 - E não somente isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.
12 - Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.
13 - Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei o pecado não é levado em conta.
14 - No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir.
15 - Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com muitos.
16 - Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação.
17 - Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
18 - Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida.
19 - Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.
20 - Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
21 - para que, assim como o pecado veio a reinar na morte, assim também viesse a reinar a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.
Capítulo - 6
1 - Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que abunde a graça?
2 - De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 - Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?
4 - Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 - Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição;
6 - sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado.
7 - Pois quem está morto está justificado do pecado.
8 - Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
9 - sabendo que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele.
10 - Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus.
11 - Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
12 - Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências;
13 - nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14 - Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
15 - Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
16 - Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
17 - Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;
18 - e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19 - Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação.
20 - Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres em relação à justiça.
21 - E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? pois o fim delas é a morte.
22 - Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.
Capítulo - 7
1 - Ou ignorais, irmãos {pois falo aos que conhecem a lei}, que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que ele vive?
2 - Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido.
3 - De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outro homem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se for de outro marido.
4 - Assim também vós, meus irmãos, fostes mortos quanto à lei mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus.
5 - Pois, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, suscitadas pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
6 - Mas agora fomos libertos da lei, havendo morrido para aquilo em que estávamos retidos, para servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
7 - Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
8 - Mas o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento operou em mim toda espécie de concupiscência; porquanto onde não há lei está morto o pecado.
9 - E outrora eu vivia sem a lei; mas assim que veio o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 - e o mandamento que era para vida, esse achei que me era para morte.
11 - Porque o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou.
12 - De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.
13 - Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno.
14 - Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
15 - Pois o que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço.
16 - E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
17 - Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
18 - Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.
19 - Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.
20 - Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
21 - Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.
22 - Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
23 - mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.
24 - Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
25 - Graças a Deus, por Jesus Cristo nosso Senhor! De modo que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.
Capítulo - 8
1 - Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
2 - Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.
3 - Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado.
4 - para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 - Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
6 - Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser;
8 - e os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 - Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 - Ora, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 - E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.
12 - Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne;
13 - porque se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 - Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
15 - Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes com temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai!
16 - O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus;
17 - e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
18 - Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
19 - Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus.
20 - Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou,
21 - na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.
22 - Porque sabemos que toda a criação, conjuntamente, geme e está com dores de parto até agora;
23 - e não só ela, mas até nós, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, aguardando a nossa adoração, a saber, a redenção do nosso corpo.
24 - Porque na esperança fomos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?
25 - Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.
26 - Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
27 - E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos.
28 - E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 - Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos;
30 - e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.
31 - Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32 - Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?
33 - Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica;
34 - Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;
35 - quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
36 - Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
37 - Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.
38 - Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
39 - nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
Capítulo - 9
1 - Digo a verdade em Cristo, não minto, dando testemunho comigo a minha consciência no Espírito Santo,
2 - que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração.
3 - Porque eu mesmo desejaria ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;
4 - os quais são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas;
5 - de quem são os patriarcas; e de quem descende o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas, Deus bendito eternamente. Amém.
6 - Não que a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
7 - nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
8 - Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência.
9 - Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
10 - E não somente isso, mas também a Rebeca, que havia concebido de um, de Isaque, nosso pai
11 - {pois não tendo os gêmeos ainda nascido, nem tendo praticado bem ou mal, para que o propósito de Deus segundo a eleição permanecesse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama},
12 - foi-lhe dito: O maior servirá o menor.
13 - Como está escrito: Amei a Jacó, e aborreci a Esaú.
14 - Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum.
15 - Porque diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de quem me aprouver ter compaixão.
16 - Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia.
17 - Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra.
18 - Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece.
19 - Dir-me-ás então. Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?
20 - Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
21 - Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?
22 - E que direis, se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
23 - para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória,
24 - os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?
25 - Como diz ele também em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada à que não era amada.
26 - E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; aí serão chamados filhos do Deus vivo.
27 - Também Isaías exclama acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.
28 - Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, consumando-a e abreviando-a.
29 - E como antes dissera Isaías: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, teríamos sido feitos como Sodoma, e seríamos semelhantes a Gomorra.
30 - Que diremos pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé.
31 - Mas Israel, buscando a lei da justiça, não atingiu esta lei.
32 - Por que? Porque não a buscavam pela fé, mas como que pelas obras; e tropeçaram na pedra de tropeço;
33 - como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço; e uma rocha de escândalo; e quem nela crer não será confundido.
Capítulo - 10
1 - Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica a Deus por Israel é para sua salvação.
2 - Porque lhes dou testemunho de que têm zelo por Deus, mas não com entendimento.
3 - Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus.
4 - Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.
5 - Porque Moisés escreve que o homem que pratica a justiça que vem da lei viverá por ela.
6 - Mas a justiça que vem da fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu? {isto é, a trazer do alto a Cristo;}
7 - ou: Quem descerá ao abismo? {isto é, a fazer subir a Cristo dentre os mortos}.
8 - Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos.
9 - Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo;
10 - pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.
11 - Porque a Escritura diz: Ninguém que nele crê será confundido.
12 - Porquanto não há distinção entre judeu e grego; porque o mesmo Senhor o é de todos, rico para com todos os que o invocam.
13 - Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
14 - Como pois invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão, se não há quem pregue?
15 - E como pregarão, se não forem enviados? assim como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam coisas boas!
16 - Mas nem todos deram ouvidos ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem deu crédito à nossa mensagem?
17 - Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
18 - Mas pergunto: Porventura não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até os confins do mundo.
19 - Mas pergunto ainda: Porventura Israel não o soube? Primeiro diz Moisés: Eu vos porei em ciúmes com aqueles que não são povo, com um povo insensato vos provocarei à ira.
20 - E Isaías ousou dizer: Fui achado pelos que não me buscavam, manifestei-me aos que por mim não perguntavam.
21 - Quanto a Israel, porém, diz: Todo o dia estendi as minhas mãos a um povo rebelde e contradizente.
Capítulo - 11
1 - Pergunto, pois: Acaso rejeitou Deus ao seu povo? De modo nenhum; por que eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
2 - Deus não rejeitou ao seu povo que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como ele fala a Deus contra Israel, dizendo:
3 - Senhor, mataram os teus profetas, e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e procuraram tirar-me a vida?
4 - Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões que não dobraram os joelhos diante de Baal.
5 - Assim, pois, também no tempo presente ficou um remanescente segundo a eleição da graça.
6 - Mas se é pela graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.
7 - Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos,
8 - como está escrito: Deus lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje.
9 - E Davi diz: Torne-se-lhes a sua mesa em laço, e em armadilha, e em tropeço, e em retribuição;
10 - escureçam-se-lhes os olhos para não verem, e tu encurva-lhes sempre as costas.
11 - Logo, pergunto: Porventura tropeçaram de modo que caíssem? De maneira nenhuma, antes pelo seu tropeço veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
12 - Ora se o tropeço deles é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!
13 - Mas é a vós, gentios, que falo; e, porquanto sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério,
14 - para ver se de algum modo posso incitar à emulação os da minha raça e salvar alguns deles.
15 - Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos?
16 - Se as primícias são santas, também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são.
17 - E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado no lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,
18 - não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti.
19 - Dirás então: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.
20 - Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu pela tua fé estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme;
21 - porque, se Deus não poupou os ramos naturais, não te poupará a ti.
22 - Considera pois a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; para contigo, a bondade de Deus, se permaneceres nessa bondade; do contrário também tu serás cortado.
23 - E ainda eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os enxertar novamente.
24 - Pois se tu foste cortado do natural zambujeiro, e contra a natureza enxertado em oliveira legítima, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira esses que são ramos naturais!
25 - Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério {para que não presumais de vós mesmos}: que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado;
26 - e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades;
27 - e este será o meu pacto com eles, quando eu tirar os seus pecados.
28 - Quanto ao evangelho, eles na verdade, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais.
29 - Porque os dons e a vocação de Deus são irretratáveis.
30 - Pois, assim como vós outrora fostes desobedientes a Deus, mas agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles,
31 - assim também estes agora foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada.
32 - Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos.
33 - Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34 - Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro?
35 - Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36 - Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.
Capítulo - 12
1 - Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 - E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
3 - Porque pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um.
4 - Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função,
5 - assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.
6 - De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8 - ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria.
9 - O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 - Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros;
11 - não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 - alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
13 - acudi aos santos nas suas necessidades, exercei a hospitalidade;
14 - abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis;
15 - alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram;
16 - sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos;
17 - a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens.
18 - Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.
19 - Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.
20 - Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
21 - Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Capítulo - 13
1 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus.
2 - Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 - Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela;
4 - porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal.
5 - Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência.
6 - Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo.
7 - Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
8 - A ninguém devais coisa alguma, senão o amor recíproco; pois quem ama ao próximo tem cumprido a lei.
9 - Com efeito: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10 - O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei.
11 - E isso fazei, conhecendo o tempo, que já é hora de despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando nos tornamos crentes.
12 - A noite é passada, e o dia é chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e vistamo-nos, pois, das obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.
13 - Andemos honestamente, como de dia: não em glutonarias e bebedeiras, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e inveja.
14 - Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; e não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.
Capítulo - 14
1 - Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos.
2 - Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes.
3 - Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu.
4 - Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar.
5 - Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente.
6 - Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.
7 - Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si.
8 - Pois, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, quer vivamos quer morramos, somos do Senhor.
9 - Porque foi para isto mesmo que Cristo morreu e tornou a viver, para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.
10 - Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Deus.
11 - Porque está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua louvará a Deus.
12 - Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
13 - Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
14 - Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo.
15 - Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu.
16 - Não seja pois censurado o vosso bem;
17 - porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo.
18 - Pois quem nisso serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens.
19 - Assim, pois, sigamos as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua.
20 - Não destruas por causa da comida a obra de Deus. Na verdade tudo é limpo, mas é um mal para o homem dar motivo de tropeço pelo comer.
21 - Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outra coisa em que teu irmão tropece.
22 - A fé que tens, guarda-a contigo mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
23 - Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque o que faz não provém da fé; e tudo o que não provém da fé é pecado.
Capítulo - 15
1 - Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
2 - Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo, visando o que é bom para edificação.
3 - Porque também Cristo não se agradou a si mesmo, mas como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.
4 - Porquanto, tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que, pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança.
5 - Ora, o Deus de constância e de consolação vos dê o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus.
6 - Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
7 - Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu, para glória de Deus.
8 - Digo pois que Cristo foi feito ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos pais;
9 - e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto eu te louvarei entre os gentios, e cantarei ao teu nome.
10 - E outra vez diz: Alegrai-vos, gentios, juntamente com o povo.
11 - E ainda: Louvai ao Senhor, todos os gentios, e louvem-no, todos os povos.
12 - E outra vez, diz também Isaías: Haverá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para reger os gentios; nele os gentios esperarão.
13 - Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo.
14 - Eu, da minha parte, irmãos meus, estou persuadido a vosso respeito, que vós já estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento e capazes, vós mesmos, de admoestar-vos uns aos outros.
15 - Mas em parte vos escrevo mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, por causa da graça que por Deus me foi dada,
16 - para ser ministro de Cristo Jesus entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que sejam aceitáveis os gentios como oferta, santificada pelo Espírito Santo.
17 - Tenho, portanto, motivo para me gloriar em Cristo Jesus, nas coisas concernentes a Deus;
18 - porque não ousarei falar de coisa alguma senão daquilo que Cristo por meu intermédio tem feito, para obediência da parte dos gentios, por palavra e por obras,
19 - pelo poder de sinais e prodígios, no poder do Espírito Santo; de modo que desde Jerusalém e arredores, até a Ilíria, tenho divulgado o evangelho de Cristo;
20 - deste modo esforçando-me por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio;
21 - antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão; e os que não ouviram, entenderão.
22 - Pelo que também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco;
23 - mas agora, não tendo mais o que me detenha nestas regiões, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir visitar-vos,
24 - eu o farei quando for à Espanha; pois espero ver-vos de passagem e por vós ser encaminhado para lá, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia.
25 - Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.
26 - Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia levantar uma oferta fraternal para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.
27 - Isto pois lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais.
28 - Tendo, pois, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.
29 - E bem sei que, quando for visitar-vos, chegarei na plenitude da bênção de Cristo.
30 - Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas vossas orações por mim a Deus,
31 - para que eu seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e que este meu ministério em Jerusalém seja aceitável aos santos;
32 - a fim de que, pela vontade de Deus, eu chegue até vós com alegria, e possa entre vós recobrar as forças.
33 - E o Deus de paz seja com todos vós. Amém.
Capítulo - 16
1 - Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é serva da igreja que está em Cencréia;
2 - para que a recebais no Senhor, de um modo digno dos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque ela tem sido o amparo de muitos, e de mim em particular.
3 - Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4 - os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5 - Saudai também a igreja que está na casa deles. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo.
6 - Saudai a Maria, que muito trabalhou por vós.
7 - Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros de prisão, os quais são bem conceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristo antes de mim.
8 - Saudai a Ampliato, meu amado no Senhor.
9 - Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis, meu amado.
10 - Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da casa de Aristóbulo.
11 - Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da casa de Narciso que estão no Senhor.
12 - Saudai a Trifena e a Trifosa, que trabalham no Senhor. Saudai a amada Pérside, que muito trabalhou no Senhor.
13 - Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.
14 - Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão com eles.
15 - Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.
16 - Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todas as igrejas de Cristo vos saúdam.
17 - Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
18 - Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes.
19 - Pois a vossa obediência é conhecida de todos. Comprazo-me, portanto, em vós; e quero que sejais sábios para o bem, mas simples para o mal.
20 - E o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos vossos pés. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.
21 - Saúdam-vos Timóteo, meu cooperador, e Lúcio, e Jáson, e Sosípatro, meus parentes.
22 - Eu, Tércio, que escrevo esta carta, vos saúdo no Senhor.
23 - Saúda-vos Gaio, hospedeiro meu e de toda a igreja. Saúda-vos Erasto, tesoureiro da cidade, e também o irmão Quarto.
24 - {A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.}
25 - Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos,
26 - mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;
27 - ao único Deus sábio seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém.